Sororidade… Termo que ganhou grande atenção nos últimos anos, tanto pelas citações famosas da mídia quanto pela opressão contra a mulher que, infelizmente, não é novidade nenhuma pra nós, não é mesmo?
O que se pode perceber, no entanto, é que muitas pessoas têm gritado sororidade pra cá e pra lá sem realmente saber o significado, mesmo ela sendo tão importante pra igualdade e pro movimento feminista. Fala sério, né?! O melhor a se fazer quando não se sabe de algo é pesquisar ou evitar falar.
Mas como aqui na Dona Coelha nós não “evitamos” falar sobre as coisas, vamos contar um pouquinho sobre o termo, como ele surgiu e por que é tão necessário pra que você, por fim, saiba qual é a necessidade do que tudo isso aborda. Quer saber mais? Vem com a gente!
Sororidade: significado para aprender de uma vez por todas!
Depois que Manu Gavassi, participante do BBB 20, disse o termo em uma das conversas entre os brothers e o apresentador Tiago Leifert, as pesquisas dispararam e todo mundo quis entender o que é a sororidade que ela tanto falava.
Mas o termo surgiu há muito tempo, muito antes da atriz, cantora e compositora brasileira o citar. Em 1970, a líder feminista e escritora Kate Millett inventou e apresentou a palavra sororidade com o objetivo de construir algo pra lutar diariamente, como uma ideia, na comunidade feminina, sem considerar aspectos culturais, religiosos, entre tantos outros.
Bem, no sentido etimológico, a palavra vem do latim “soror”, em português “irmãs”, conforme diz a Academia Brasileira de Letras. O termo faz uma ligação semelhante que “frater” tem com “irmão”. Então, quando trazemos pro mundo dos significados, nada mais é que a união e solidariedade entre as mulheres.
Sugestões de produtos eróticos
Veja, ela é diferente de solidariedade, viu?! A solidariedade está mais ligada à identificação e simpatia com o problema alheio, pro qual as pessoas buscam soluções pra amenizar os sofrimentos. Mas isso não quer dizer que ela não esteja presente nessa relação de apoio, afeto e irmandade entre as manas.
Como surgiu a palavra e por que é tão importante?
Não é tão fácil falar sobre esse termo, já que ele ainda está em construção, ainda mais porque o feminismo é visto como um exagero ou algo desnecessário por grande parte da população.
Porém, o que podemos dizer da sua origem, conforme todo esse trabalho de desenvolvimento e desconstrução dos preconceitos da sociedade, é que a palavra ficou mais conhecida com o uso das redes sociais.
A quarta onda do movimento feminista, que ganhou proporções novas devido à internet, promoveu novos modos de interação, fortalecendo a comunicação dos grupos femininos, assim, desabafos, companheirismo e apoio foram e são ainda facilmente trocados, o que faz com que laços sejam criados facilmente.
Então, foi quase que “destino” que o termo crescesse em questões importantes, estruturando o movimento feminista e o repassando pra sociedade.
Chega a ser interessante, mas não surpreendente, o quanto ele se tornou essencial. Quando falamos na essência da sororidade, a sua importância e verdade é praticamente óbvia. Afinal, é algo quase que entrelaçado ao DNA das mulheres esse sentimento de empatia, união e força para com suas manas.
Nesse sentido, pular pra moral é a segunda etapa pra destrinchar a palavra, que nada mais seria uma resposta quanto ao que a sociedade, machista e patriarcal, faz pra desestabilizar as mulheres e promover desunião.
Falar até papagaio fala: como praticar a sororidade no dia a dia?
Os termos e seus significados são muito lindos, importantes e tal, mas não basta gritá-los a plenos pulmões sem fazer o que eles querem trazer, não acha? Ou interpretá-los da maneira correta. Não é isso que o feminismo, estruturado pela luta, prega.
Não é uma obrigação gostar das colegas, principalmente quando toda essa admiração e apoio não são recíprocos. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Então, a sororidade não te obriga a gostar até daquela mana suuuuuper legal – *contém ironia* – do serviço ou da faculdade. A questão é mais voltada à prática da empatia, colocar-se no lugar da outra, entendendo e respeitando os diferentes contextos.
A luta é por eliminar de vez toda a rivalidade entre as mulheres, promovendo uma união verdadeira e aquele sentimento de irmandade pra que, cada vez mais, a mulher tenha igualdade na sociedade.
Ah, mas ainda não entendi, como posso fazer isso? Pense só: muitas vezes, praticar a empatia não é fácil, afinal todas as pessoas são criadas e moldadas pelas relações familiares e sociais pra serem lobos solitários, ter preconceitos e olhar muito o próprio nariz.
A sorte é que muitas procuram se informar e moldar seus pensamentos e suas compreensões de mundo mudam, tornando-o um pouquinho menos pior.
E o que tudo isso quer dizer? Bem, como já dito, não é ter amizade entre todas as mulheres do mundo e nem concordar com todas as atitudes da outra pessoa por também ser uma mulher, mas praticar a compreensão de que cada uma passou por experiências diferentes que, no fundo, são “atrapalhadas” por algo comum, ou seja, a opressão do patriarcado.
Sabe aquelas conversas de banheiro? Que, geralmente, acontecem no banheiro feminino? A mulher está chorando ou reclamando da parceria desrespeitosa ou qualquer outra situação bem chata e você se coloca no lugar dela e fala “Tudo bem, essa pessoa vai aprender, não chore, fica bem”? Então, é um exemplo, mesmo que simples, de sororidade. Estender a mão pro sofrimento dela e apoiá-la.
Partilhar ensinamentos e informações, promover o respeito, encorajar e apoiar diferentes oportunidades, estender a mão quando uma precisa de ajuda, enfim, tudo isso é praticar o que o termo traz.
A partir disso, os estereótipos de rivalidade feminina caem por terra, cada uma passa a mudar a forma de ver as colegas, amigas e, até mesmo, mulheres da família, entendendo que cada uma tem o seu talento, suas particularidades e experiências.
É sobre eliminar os padrões tóxicos, sobre fortalecer a união, fazer com que as mulheres sejam ouvidas cada dia mais.
A palavra e o que ela quer trazer ficou um pouco mais clara? Você tem praticado isso no seu dia a dia? Quando as pessoas começarem a refletir e praticar a empatia nos momentos que a requisitam, é um passo a mais pra igualdade.
O que achou? Compartilhe com suas amigas! É importante que cada vez mais pessoas saibam disso. Pra não perder conteúdos como esse, fique sempre de olho nas nossas publicações. Ah, e você pode curtir este conteúdo: Manterrupting e mansplaining.

Entre as mulheres, parece haver um paradoxo: assim como podem elogiar o corpo ou o traje de outra mulher, mas enquanto parentes por afinidade: nora/sogra/cunhadas, nem sempre são amistosas; como colegas, geralmente “amizade social”. Tive duas colegas que sempre almoçavam juntas, uma ia de carona com a outra, para o trabalho e, quando a colega que dava carona adoeceu (câncer) e junto teve que acompanhar a doença do filho único (tipo ulcera no estomago, estagio mais avançado) e, ao retornar ao trabalho, perguntei para a colega “caroneira”: desse boas vindas a tua colega amiga? Ela não respondeu e a colega que estava retornando ficou até corada, sorriu para mim, como se eu estivesse proporcionando o que a minha tia chamava: “hora da verdade”!
Oi Nati, tudo bem?
Acabei de conhecer o seu trabalho, estou amando o conteúdo, não sabia o que era sororidade, já aprendendo muito por aqui. Acompanharei sempre, um super bj!